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GRUSSWORT des Generalkonsuls der Republik Portugal in Hamburg, J. Bulhão Martins

A fixação na Cidade Livre e Hanseática de Hamburgo de uma comunidade portuguesa de judeus refugiadios da Inquisição nos finais do século XVI e o comércio entre o porto de Hamburgo e portugueses existentes desde tempos medievais, levaram à abertura de um Consulado de Portugal em 1658. Conhece-se o nome de primeiro Cônsul português: Duarte Nunes da Costa (Jacob Curiel). As suas funções seriam sobretudo de defesa de interesses comerciais, pois só a partir das primeiras décadas do séc. XIX, com a autonomização da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e o aumento da emigração portuguesa, os Consulados portugueses passaram a ter funções semelhantes às que hoje têm, de assistência e protecção aos cidadãos portugueses, além de culturais, sociais, comerciais e políticas.

A representação de Portugal em Hamburgo, que em determinada altura chegou a ser diplomático além de consular, foi mais ou menos contínua sobretudo desde 1825. Conhecem-se os nomes de quase todos os Cônsules e, até há uns 30 anos, Hamburgo era uma das duas únicas cidades na Alemanha com um Consulado português de carreira, o que mostra a grande importância desta cidade para Portugal.

Hoje, os Consulados de Portugal são parte integrante da política externa e a sua principal função é assistir, acompanhar e oferecer serviços públicos aos cidadãos portugueses residentes noutros países. Nos Consulados, os portugueses podem casar-se, registar os filhos, obter passaportes e bilhetes de identidade, recensear-se, solicitar enfim diversos actos de apoio e protecção. Também os estrangeiros têm serviços à disposição nos Consulados. Finalmente, devem-se mencionar as funções de representação do Cônsul junto das autoridades locais e das comunidades e colectividades portuguesas.

Em 1962 começou uma segunda onda de emigração portuguesa para Hamburgo, sendo hoje mais de 10.000 os que habitam na cidade. São um grupo bem integrado que ama a cidade onde encontrou hospitalidade e oportunidades de vida pessoais e profissionais, tal como os seus antepassados dos séc. XVI e seguintes aqui encontraram acolhimento e condições para refazerem suas vidas. Neste contexto, a exposição sobre os Sefarditas em Hamburgo no Rathaus servirá para nos ensinar história e fazer a ligação dos portugueses dos séculos passados com os do presente, em conjunto com o Consulado e tendo por cenário a bela cidade de Hamburgo.

Para finalizar, um grande obrigado à Associação Luso-Hanseática e ao «Correio Luso-Hanseático» pela amizade, apoio e colaboração sempre dadas à Comunidade Portuguesa de Hamburgo e ao Consulado Geral de Portugal, fazendo votos para que esta boa cooperação continue e se reforce sempre mais.

Deutsche Fassung

Das Entstehen einer portugiesischen Gemeinde von Juden, die vor der Inquisition flohen, um sich Ende des 16. Jahrhunderts in der Freien und Hansestadt Hamburg niederzulassen, sowie der seit mittelalterlichen Zeiten bestehende Handel zwischen dem Hamburger Hafen und den Häfen Portugals, führten zur Einrichtung eines portugiesischen Konsulats im Jahre 1658. Der Name des ersten portugiesischen Konsuls ist bekannt: Duarte Nunes da Costa (Jacob Curiel). Seine Aufgaben beschränkten sich vor allem auf die Wahrung wirtschaftlicher Interessen, denn erst seit den ersten Jahrzehnten des 19. Jahrhunderts erhielten mit der Einrichtung eines selbständigen Staatssekratariats des Auswärtigen und der zunehmenden portugiesischen Auswanderung die portugiesischen Konsulate Funktionen, die denen von heute vergleichbar sind: die Unterstützung und der Schutz portugiesischer Landsleute, sowie kulturelle, soziale, wirtschaftliche und politische Aufgaben.

Die Vertretung Portugals in Hamburg, die irgendwann über den konsularischen Status hinaus diplomatische Befugnisse erhielt, war mehr oder weniger ständig vor Ort, vor allem seit 1825. Die Namen der portugiesischen Konsuln sind fast alle bekannt, und bis vor ungefähr 30 Jahren war Hamburg eine der beiden einzigen deutschen Städte mit einem von Berufsdiplomaten besetzten Konsulat, was die große Bedeutung dieser Stadt für Portugal zeigt.

Heute sind die portugiesischen Konsulate fester Bestandteil der Außenpolitik, und ihre Hauptfunktion besteht darin zu helfen, zu begleiten und den im Ausland wohnenden portugiesischen Bürgern öffentliche Dienstleistungen anzubieten. In den Konsulaten können Portugiesen heiraten, ihre Kinder ins Geburtenregister eintragen lassen, Pässe und Personalausweise erhalten, sich in Wahllisten eintragen und schließlich verschiedene Formen der Unterstützung und des Schutzes anfordern. Auch den Ausländern stehen im Konsulat verschiedene Dienste zur Verfügung. Schließlich müssen die repräsentativen Aufgaben des Konsuls bei den örtlichen Behörden und bei den portugiesischen Gesellschaften und Gruppierungen erwähnt werden.

1962 setzte eine zweite portugiesische Emigrationswelle nach Hamburg ein, so dass heute mehr als 10.000 Portugiesen in Hamburg leben. Sie bilden eine gut integrierte Gruppe, welche die Stadt liebt, in der sie Gastfreundschaft vorgefunden hat, aber auch Lebens- und Berufschancen, genauso wie ihre Vorfahren seit dem 16. Jahrhundert Aufnahme fanden und entsprechende Bedingungen, um ihr Leben neu aufzubauen. In diesem Sinne dient die Ausstellung über die Sefarden im Rathaus dazu, in geschichtlichen Zusammenhängen zu denken und die Verbindung zwischen den Portugiesen früherer Jahrhunderte mit denen von heute herzustellen im Verband mit dem Konsulat und vor dem Hintergrund der schönen Stadt Hamburg.

Bleibt mir nur noch, der Portugiesisch-Hanseatischen Gesellschaft und der Portugal-Post ein großes Dankeschön zu sagen für die Freundschaft, die Unterstützung und die Zusammenarbeit, welche sie stets der portugiesischen Gemeinschaft in Hamburg und dem portugiesischen Gerneralkonsulat geleistet haben, wobei ich mir wünsche, dass diese gute Zusammenarbeit weitergehen möge und immer stärker und enger wird.







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Portugal-Post Nr. 8 / 1999


J. Bulhão Martins